Mestreamateur obrigado pelo teu comentário.
Existe sem dúvida situações de endividamento por culpa própria,isto é, pediram créditos para coisas banais sabendo à partida que iria ser difícil o pagamento das prestações .
Como disseste e muito bem para certas situações como compra de casa e não só, quase todos somos obrigados a recorrer ao crédito, a não ser que tenhamos pais ricos ou recebamos uma de herança
E nessas situações como em outras em que é necessário o recurso ao crédito ( negócio próprio, viatura etc.. ) o banco empresta porque o cliente tem rendimentos para isso. Mas quando a vida desse cliente corre mal, o banco não se disponibiliza para o ouvir e ajuda-lo numa fase financeira complicada ( seja lá qual for o motivo..doença,desemprego etc..).
Ora os bancos e financeiras não são a "mercearia do lado", são grandes entidades que têm também responsabilidade social, por isso a meu ver deveriam ter obrigação de ajudar os seus clientes e não atira-los ao fundo quando mais precisam da ajuda do banco.
Os bancos ganham muito dinheiro, mas muito mesmo em juros e comissões, e só lhes prejudica estar a dificultar a vida dos clientes deles que de momento não conseguem pagar as prestações, e repito de momento! Porque se o banco facilitar o cliente certamente vai conseguir endireitar a sua vida, mas se o banco comunicar ao Banco de Portugal, accionar penhoras e amontoar as prestações ao clientes + juros, vai ser ainda mais difícil para ele pagar.
Nem que dessem uns meses "de isenção " e depois cobrassem uns juros faseados, era muito melhor para ambos e todos saiam a ganhar.
Quanto ao que disseste das penhoras, de facto elas existem e são para ser feitas, mas eu pessoalmente acho que deveria ser estudado o agregado familiar e o seu historial bancário para ver se existiu má fá ou não, caso tenha existido tudo bem , caso contrário deveria ser dada uma chance para reestruturar a vida financeira.
Um exemplo que acho muito mau, é a penhora do recheio de casa, imaginam uma penhora a uma família em que têm crianças e vão umas quantas pessoas levarem quase tudo o que é deles?
Como fica o psicológico dessas crianças? Que condições vão ficar para estudar e viver naquela casa? E já só falo nas crianças, pois os adultos também precisam de se sentar, de ter uma mesa etc.. etc..
Penso que existe penhoras desnecessárias.