É verdade que a corrupção e a economia paralela causa danos no sistema.
Contudo esta só tende a agravar-se. E de nada vale dizer / educar o povo a exigir factura. Isso é uma treta sem efeitos práticos. Só se gasta é dinheiro em campanhas que vai para o bolso dos boys.
O que leva as pessoas a fugir aos impostos é a poupança imediata e por verem que de nada vale terem um pensamento de comunidade quando vêm todos os dias "gamanços" de milhões:
- é o artista que administra a Galp durante 6 meses e fica a receber reforma de 3000 por mês
- é o artista de 30 e poucos anos que participa nas campanhas politicas e depois vai para a administração da PT receber um balurdio (sai e continua a receber um balurdio)
- são os artistas pensionistas que se reformam, muitas vezes antes da idade normal e sem motivo aparente, e recebem mais em casa do que aquele que o está a substituir (provavelmente a recibos)
- é o artista da protecção civil que em vez de andar a gastar dinheiro para proteger as florestas andava a estourar o cartão de crédito do estado em gastos particulares (nunca mais se ouviu falar. Talvez daqui a 4 ou 5 anos o processo seja arquivado...)
etc, etc, etc
Quem trabalha e paga, pensa (pelo menos eu penso
): "Fdx... vou andar a pagar para estes marmanjos?! Olhe ó sr. jaquim, vai sem factura."
Um exemplo prático:
Um artista que passe 9999 euros por ano de recibos, tem segundo a Lei (se não estou em erro) 70% de lucro, ou seja, arredondando, 7000 euros.
Desses 7000 euros, paga cerca de 1800 à segurança social.
Sobram 5200.
Na declaração de IRS é bem capaz de ter de desembolsar mais duzentos euritos.
Resumo: sobram-lhe 5000. A dividir por 12 dá 416 euros por mês.
Não tem direito a baixa, subsidio de desemprego, 13 mês ou subsidio de férias.
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O Presidente da Repubica "mama" 10k por mês graças às reformas acumuladas. Penso que renunciou ao salário (vá lá...)
Para pagar 1 ano de reforma ao Cavaco, são necessários 66 artistas que ganham liquido 5000 euros por ano.
Agora juntem ao Cavaco os 180k pensionistas que recebem pensões superiores a 1500 euros e é fácil de ver, por exemplo, a insustentabilidade da SS.
Viva a justiça distributiva
Enquanto vivermos num país em que quem trabalha recebe menos do que quem está reformado (e com muitos direitos adquiridos), Portugal não tem futuro.