Para não me alongar muito, subscrevo na íntegra as palavras do CJSeven.
Vejo também muitos comentários de gente que não sonha com o que é isso da precaridade, pois muitos se calhar ainda vivem em casa dos pais, mas não têm pejo em condenar os cerca de 200 mil (não é propriamente meia dúzia de gatos pingados) que se manifestaram e provavelmente lançaram a primeira pedra para a queda do governo.
Socrates caiu. Andor venha outro. Se é para continuar a enterrar o país na recessão, também eu o sei fazer.
Os jobs dos boys, os salários milionários de muitos gestores, as carradas de acessores pagos para não fazer nada (típico de um país de 3º mundo), as obras adjudicadas sem concurso público, a falta de coragem para penalizar as derrapagens de milhões nas obras públicas, a falta de coragem para cortar em muito do desperdício do Estado, a falta de penalização das grandes fortunas, a facilidade com que se bombardeia a classe média de impostos, os milhares de institutos que sorvem milhões e que ninguém sabe para que servem (aliás, sabem, é para dar emprego aos "amigos"), os bancos a acumular lucros record quando foram eles com a sua actividade especulativa que nos lançaram numa crise financeira que levou à crise de financiamento que Portugal enfrenta....
É preciso continuar?
Muitos de vocês, e desculpem a sinceridade, falam do que não sabem. Quem trabalha na sua empresa, ou por conta de outrem, tem empregados a pagar, tem empréstimos habitação a pagar, filhos para criar e vê que só o massacram de impostos, só pode esperar que as coisas melhorem, pois pior, só se nos forçarem a trabalhar de graça e ainda levar umas chibatadas no lombo (já só falta isso...).
Mas, continuem a bater palmas a quem em 13 anos nos enterrou, como é possível?!!! Só gente masoquista ou...enfim nem me alongo senão a coisa descamba.
Não tenho partido, por isso estou à vontade para dizer o que penso sem vinculação partidária. Também não tenho tendências de extrema esquerda ou direita, mas com sinceridade vos digo, se isto era um partido socialista (virado para o social, povo...) vou ali e já volto. Isto era uma máfia que nunca quis largar o poder, não por querer o melhor para o país, mas para proteger os seus interesses que ao longo destes anos todos foram sendo subrepticiamente instalados nos vários quadrantes. Querem saber quantos deputados, ministros, secretários de Estado, acessores e afins ficarão no desemprego depois da queda do governo? NENHUM! Todos têm já um tacho à espera. É este o Estado dos jeitinhos, das cunhas nojentas, dos favores que defendem? Por acaso acho que é...