Boas!
Fica aí a minha contribuição para um post "arrebita cabelo". Vejam se está de acordo com a linha editorial do +t (a minha escrita por vezes pode não se adequar...
) e postem o veredicto.
Se preferirem não publicar, na boa. Mando-o para o meu blog que está a ficar com teias de aranha.
+cj7
Contra os Canhões, Marchar, Marchar!Crise, FMI, juros, dívida, défice, Sócrates, Passos, Portas, Cavaco, Louçã, Jerónimo, eleições, ajuda externa, bancos, resgate, falência, tachos, cunhas, recibos verdes, precariedade, manifestações, greves...
Tanto ruído e tão pouco controlo individual sobre o que gera o mesmo...
Muda-te a ti e o mundo mudará para ti. /
Jim RohnOs nossos outputs dependem dos nossos inputs. Por outras palavras, os nossos resultados dependem das nossas acções concentradas e persistentes, assim como de todas as influências que gravitam à nossa volta.
Qualquer processo tem inputs e outputs:
- Com leite (input) fazemos manteiga (output).
- Com azul e amarelo fazemos o verde.
- Com um espermatozóide e um óvulo fazemos um filhote ou uma filhota (ou então sai-nos o jackpot: Gémeos
).
Fácil, certo?
Temos inputs e temos outputs.
Então com estes inputs que nos influenciam todos os dias (crise, FMI, juros, e o resto da imensa lista de ruído...), qual é o output resultante?
Todos somos diferentes mas, regra geral, o resultado andará perto da falta de motivação, perda de tempo a discutir "coisas" sobre as quais temos muito pouco controlo (ou nenhum) e ineficiência / falta de produtividade decorrente dos pontos anteriores e da má alocação generalizada de todos os outros recursos que controlamos e que são inerentes a cada um de nós (tempo, energia, dinheiro, conhecimento e contactos).
O que fazer para mudarmos e o mundo mudar para nós?
1- Determinar os outputs pretendidosPensar e responder à questão:
Quais são as minhas metas e objectivos pessoais, profissionais e financeiros a curto, médio e longo prazo?
É incrivel como a maior parte das pessoas é capaz de se comprometer durante 30 anos (longooo prazo) para comprar uma casa, mas dificilmente sabe indicar dois ou três objectivos para cumprir nos próximos 12 meses ou 3 anos.
E se temos dificuldade em dizer quais são os outputs pretendidos para a nossa vida, como vamos saber quais os inputs que necessitamos e aos que devemos dar importância?
A resposta é simples:
Hmmmm... não sabemos!
Apenas vamos aceitando os inputs que nos vão fornecendo, ainda que na maior parte das vezes não passem de ruído.
Por isso devemos definir o que queremos, reafirmá-lo sem receios e actuar para que aconteça. Esta atitude é fundamental para que o mundo que nos rodeia mude perante os nossos olhos.
Por outro lado, conhecendo o que pretendemos atingir (output) prepara-nos para uma "aterrizagem" bem sucedida.
Os aviões, antes de levantarem voo, definem uma rota. Se não o fizessem, certamente não levantavam (como acontece com uma boa parte das pessoas) ou então, mais tarde ou mais cedo, despenhavam-se (como acontece com uma pequena parte - cada vez maior - das pessoas) ou ainda, aterrizavam em qualquer lado minimamente plano e com o mínimo de obstáculos (escolhas fáceis, quem as não escolheu...aqui estão a maior parte das pessoas).
2- Seleccionar os inputs adequadosSe sabemos para onde vamos e onde queremos chegar, sabemos minimamente o que precisamos para lá chegar.
E mais importante ainda, sabemos o que não precisamos.
Para chegarmos a qualquer lado em termos pessoais, profissionais ou financeiros, por pouco ambicioso que seja, não precisamos de ver todos os prós-e-contras deste país, assistir a todos os jogos de futebol, ver todos os filmes, jogar todos os jogos de computador, etc.
Tudo isto são inputs prescindíveis para atingirmos os nossos objectivos e sem dúvida que a televisão é um dos maiores impecilhos da sociedade contemporãnea.
Facto:
Se reutilizarmos eficientemente 4 horas por semana durante um ano, ganhamos 200 horas.
Se pensarmos que um mês de trabalho tem aproximadamente 160 horas, troquemos estas 200 horas pelo salário que costumamos receber, se for o caso, e já podemos ver o potencial nesta alteração de inputs.
Utilizemos estas 200 horas para iniciar novos projectos ou melhorar projectos existentes, adquirir novos conhecimentos ou reforçar os existentes, ou estabelecer novos contactos e re-estabelecer os existentes. Certamente o output destes inputs será distinto daquele proveniente de todo o ruído que nos rodeia.
4 horas por semana são fáceis, muito fáceis, de ganhar e isto apenas eliminando o desperdício televisivo:
- se vemos telejornais (que duram pelo menos 1 hora), vejamos somente os primeiros 30 minutos. O restante conteúdo, na maior parte das vezes, é para "encher chouriços". A não ser que tenhamos um talho, não precisamos desse input.
Se virmos um telejornal por dia, poupamos 3,5 horas por semana. Se virmos os dois habituais (ao almoço e ao jantar), poupamos 7 horas por semana... 350 horas por ano!
- se vemos jogos de futebol (esta doi
), vejamos somente a última meia hora. O resultado é que conta e a não ser que seja a final da champions ou uma decisão importante, o que é que 90 minutos mais um quarto de hora de anúncios acrescentam ao nosso output? Nada.
Em alternativa, podemos sempre acompanhar o jogo com uma leitura diagonal do ebook / curso / tutorial que está a ganhar pó digital nos nossos discos rígidos.
Mas os inputs televisivos são apenas uma parte do que podemos eliminar / minimizar.
Que tal reduzir as idas ao café para metade? Que tal eliminar as "pastagens" nos shoppings ao fim de semana, que para além de tempo, nos levam também dinheiro gasto em coisas prescindíveis? Que tal reduzir as conversas sobre coisas que não controlamos?
Imaginemos o poder de tamanha alocação de recursos nas coisas certas e que nos levam, estas sim, em direcção e no sentido dos nossos planos e objectivos...
3- Agir com focus e persistência Com os outputs definidos e os inputs seleccionados, "só" temos de agir com focus e persistência.
Os resultados chegarão a seu tempo e contribuirão para um incremento exponencial e sinergético nos nossos recursos (tempo, dinheiro, energia, conhecimento e contactos). O aumento dos níveis destes recursos representará a mudança do mundo que nos rodeia.
Ao fazermos isto estamos a assumir a responsabilidade pela nossa vida e deixamos de fazer parte da grande maioria que culpa os outros e as coisas que não controlam pelo seu insucesso.
Certamente estão a pensar: "Olha este artista cheio de moral...". Sim, eu também estou no grupo que precisa de aderir MAIS a esta perspectiva e provocar pequenas alterações imediatas que resultarão, tenho a certeza, em grandes mudanças a médio e longo prazo.
Por mim, está decidido. Que se lixe o Sócrates, o Passos e ruídos adjuntos. Vou arrumá-los no fundo da minha lista de inputs e dar-lhes uma importância minimalista apenas para formar a minha opinião política e realizar os devidos actos de cidadania.
No topo dessa lista ficarão apenas os inputs que realmente preciso e posso controlar para atingir os outputs que QUERO atingir.
Quanto ao FMI, para mim passará simplesmente a querer dizer: Férias em Maio em Ibiza.
E tu? Vais fazer um esforço por mudar ou vais ficar à espera que o mundo mude por si?