SMS’s e emails continuam a circular, apesar dos desmentidos das forças de segurança. Governo Civil garante que o alarme é falso, criticando o lançamento de boatos sobre gangs que estariam a agir com extrema violência.
O Governador Civil de Faro, Carlos Silva Gomes, reuniu ontem com o presidente da Associação Académica da Universidade do Algarve, para reforçar o desmentido já efectuado pela Polícia de Segurança Pública e Hospitais (ver aqui) sobre a actuação de um alegado gang que mutilaria jovens no rosto com cortes semelhantes a uma boca de palhaço.
As mensagens, difundidas através de telemóvel e por email, têm provocado grande agitação social e até mesmo algum pânico entre estudantes das escolas e Universidade, uma vez que as mesmas indicariam que o gang se preparava para escolher uma escola entre Faro, Quarteira e Loulé, para atacar utilizando um modus operandi que recorreria a violência extrema.
Na base dos alegados ataques estaria um gang apelidado de ‘Gang dos Pontos’, que actuaria inspirado num jogo de computador que atribui pontos a quem efectuar mais crimes (Grand Theft Auto).
Durante o encontro, que contou com a presença do Comandante Distrital da PSP e do responsável da Investigação Criminal do Comando Territorial de Faro da GNR, o Governador Civil garantiu que não se registaram na região algarvia quaisquer casos semelhantes aos relatados nas referidas mensagens. Também o Hospital Central de Faro já afirmara ao Observatório do Algarve não ter registo de qualquer caso semelhante em Faro. Na reunião, realizada a pedido do presidente da Associação Académica na sequência do alarme que as referidas mensagens têm suscitado junto da população, o Governador Civil explicou que os conteúdos das mesmas são idênticos aos que já circularam noutros pontos do País, nomeadamente em Lisboa, Évora e Santarém, onde nunca se verificaram quaisquer casos verídicos com contornos desta natureza.“Trata-se de um boato, sem qualquer fundamento, que inclusivamente já foi desmentido pelas autoridades policiais e pelas entidades de saúde do Algarve, o qual tem lançado o pânico em muitas escolas e famílias da região”, sublinhou Carlos Silva Gomes, que lamenta a falta de civismo por parte dos autores deste tipo de mensagens, com implicações na estabilidade social e na manutenção da ordem pública.