Rede social deve revelar amanhã novo serviço de correio electrónico. Principal concorrente atento ao impacto da inovação.
Amanhã pode ser o dia D. Segundo avança o site TecCrunch, a maior rede social do planeta, o Facebook (FB), prepara-se para revelar ao mundo esta segunda-feira um novo serviço de webmail, num evento especial para o qual apenas terão acesso um número restrito de convidados. A apresentação estará a cargo do próprio Mark Zuckerberg, criador do FB.
Há já alguns meses que o mesmo site noticiara que o FB estaria a preparar uma remodelação do seu serviço de envio de mensagens electrónicas, preparando-se assim para integrar um serviço de webmail. A notícia caiu como uma "bomba" e é enorme a expectativa.
Caso se confirme a novidade, tal poderá significar uma autêntica revolução na utilização de correio electrónico. E uma preocupação acrescida para toda a concorrência, designadamente o Hotmail (com mais de 360 milhões de contas registadas, segundo dados de Setembro), a Yahoo (273 milhões de contas) e o Gmail (193 milhões).
"A confirmar-se é um desafio interessante. O FB tem 500 milhões de utilizadores registados - o que não significa que estejam activos - e por essa razão o potencial de um endereço de e-mail do FB, um facebook.com, é muito grande", explica Pedro Fonseca, director da Computer World.
"O FB pode escalar rapidamente para um número elevado de utilizadores", acredita o também colaborador do DN, que vê desde logo uma grande vantagem neste novo serviço: "Um webmail do FB tem a enorme vantagem da prioridade. Significa que todos os meus amigos que me enviarem um e-mail para o FB são os primeiros a serem lidos e só depois os outros."
Designado como projecto Titan e apelidado no meio de Gmail killer (assassino do Gmail), o ainda por apresentar novo serviço de webmail do FB promete ser uma séria ameaça à concorrência. Em especial para o Gmail.
"A Google [criadora do Gmail] e o FB estão numa disputa pela identidade. A porta de entrada que usarmos para as redes sociais vai ser a que vamos utilizar mais", sublinha Pedro Fonseca, que lembra que a "guerra" entre as marcas não é de hoje. "Nos últimos tempos o FB até foi buscar 100 funcionários da Google. E é curioso que até o crescimento económico de ambos é idêntico", acrescenta.
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