Concordo contigo na parte do desemprego e concordo que existam muitas pessoas que não tiveram oportunidade de tirarem cursos, eu próprio conheço algumas e são dos melhores do país, grandes profissionais.
Mas também compreendo que os designers lutem pelas suas condições de trabalho, pelos seus direitos e pelo bem da profissão, pois são eles que sabem o que é melhor para ela. O trabalho especulativo arruína o trabalho de muitos profissionais, e já levou à falência milhares de empresas pelo mundo fora. E principalmente os maus profissionais (a grande maioria pessoas não licenciadas), estragam e mancham a profissão. E são, quanto a mim, a principal razão do estado das coisas.
Se é verdade para uns, tem de ser igual para os outros. Se só um arquitecto pode construir uma casa, também apenas um designer deveria poder construir (ou pelo menos publicar) um flyer, um site, fazer uma paginação ,etc.
Não acho que seja algo de outro mundo, acho que é uma profissão que começa a chegar às massas, e como tal se algo não se fizer, vai-se degradar. E quem sai a perder, somos todos nós, profissionais, clientes, empresas, público.
Concordo contigo na parte do desemprego e concordo que existam muitas pessoas que não tiveram oportunidade de tirarem cursos, eu próprio conheço algumas e são dos melhores do país, grandes profissionais.
Mas também compreendo que os designers lutem pelas suas condições de trabalho e pelos seus direitos. O trabalho especulativo arruína o trabalho de muitos profissionais, e já levou à falência milhares de empresas pelo mundo fora. E principalmente os maus profissionais (a grande maioria pessoas não licenciadas), estragam e mancham a profissão. E são, quanto a mim, a principal razão do estado das coisas.
Pronto. Então acho que devemos continuar a discutir o assunto, mas sem adoptar radicalismos que defendam medidas totalmente sem qualquer razão de ser. O bom senso é muito bonito, e é importante aprender a colocar de lado os nossos desejos pessoais para compreender o que é ou não melhor para a sociedade.
E é óbvio que conheces essas pessoas, pois essas pessoas estão por todo o lado, e é justo que tenham uma oportunidade de mostrar o valor do seu trabalho, independentemente de possuírem ou não uma certificação.
E sim, é positivo que lutem pelas suas condições de trabalho. No entanto, tudo o que tira o pão da boca de uns, coloca-o na boca de outros. Sempre foi assim, e sempre será. Muitas vezes, o individuo que cobra 200 tem por objectivo ter uma casa, um carro e dinheiro para se sustentar a si e à sua família. E muitas vezes, os que cobram 10 têm por objectivo não comer apenas pão e água durante o resto do mês.
Para avaliarmos justamente as acções de alguém, é importante saber o que se encontra por detrás das mesmas. Não nos podemos, simplesmente, espelhar nas outras pessoas, e esperar que elas sejam movidas pelas mesmas necessidades do que nós.
Enquanto as pessoas tiverem concorrência, seja ela "leal" ou "desleal", haverá sempre empresas a falir. A verdade é que não há lugar para todos, e no final da "guerra" haverá sempre um vencedor e um vencido.
A vida não é uma competição? Então, é justo que cada um utilize as melhores armas que tiver ao seu dispor. Se eu estiver a competir contigo, tenho de arranjar forma de te vencer, certo? Não é inteligente oferecer o mesmo serviço do que tu, pois não? Então, para isso, terei de arranjar uma forma mais eficaz do que a tua de oferecer ao cliente aquilo que ele procura, seja em preço ou em qualidade.
Eu acho que se está a dar demasiada importância à incidência deste fenómeno no design gráfico. Na verdade, o mesmo acontece em todas as áreas, e coitadinho do consumidor se assim não fosse.
Deixem o cliente decidir. O cliente é o avaliador final. O vosso trabalho não vale aquilo que vocês idealizaram, mas sim aquilo que o cliente estiver disposto a pagar. A melhor forma de mostrarmos que o nosso serviço merece ser recompensado com 300 ou 400 euros, é oferecendo um nível de qualidade que esteja em conformidade com o valor pedido. Se o nosso trabalho realmente for assim tão bom, haverá sempre alguém disposto a pagar.