Existem inumeras razões que levam à venda de empresas e dificilmente se prenderão com irresponsabilidade de quem as detém, já que, essas não têm qualquer interesse de ser compradas (ou se o são, certamente se está a falar de uma quantidade mínima de clientes).
Como exemplo, existem casos de empresas que pretendem mudar de àrea de negócio, ou empresas cuja rentabilidade desejada não consegue ser atingida, pelo que preferem passar o seu negócio para outras com maior capacidade. Para os clientes, esta será a melhor saída, bastante preferível à cessação de serviços que acabaria por ocorrer.
No caso da empresa onde tu trabalhaste, foi exactamente para não deixar os clientes que lá estavam e pagaram para lá estar, sem serviço. Será portanto, uma atitude sensata e responsável, não saindo nunguém a perder. Foi uma quantidade de clientes bastante reduzida, sem dúvida, mas a empresa compradora ganhou-os, não necessitando portanto de todo o trabalho de "angariação". É incrível, mas se efectivamente se tem um serviço de qualidade, o mais dificíl acaba por ser atrair o cliente a experimentar. Muitas vezes, só depois de experimentarem compreendem, por exemplo, porque é que o valor cobrado poderá ser algo superior.
Claro que isto se aplica apenas a verdadeiras empresas. O que não faltam para aí são negócios de jovens que criam autenticas "corporations" e que, na verdade se resumem a uns 20-50 clientes, sem qualquer estabilidade financeira para os manter. Quando reparam que não existe qualquer rentabilidade (entenda-se, quando se esgota a entrada dos valores anuais e ainda resta pagar o servidor por mais uns meses), decidem passar a batata quente para outra do mesmo nível, ou simplesmente desaparecer.