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Portugal em crise

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cjseven 
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Eu já vi que temos por aqui muita malta erudita e que percebem "muito" disto, política, desemprego, regalias, etc. pois deixem-me que vos pergunte, que idade têm os senhores?

A pergunta é relevante para que pensem no seguinte, a maioria das pessoas que está no desemprego NÃO escolheu estar no desemprego, que haja pessoas que gostem de ser parasitas dos estado, eu concordo, agora por favor não ataquem os desempregados generalizando senão parecem-se exactamente com o Governo que quando quer cortar nas despesas, quem sofre são sempre os funcionários públicos, porque eles, Governo continuam a contratar os seus bois (sim disse bois e não me enganei, chamar boys era muito benevolente) com salários milionários enquanto que o gajo que é funcionário público tenta sobreviver com os tostões que recebe.

O Sr. Passos Coelho deveria pensar um pouco na proposta nojenta que fez, pois em vez de propor que os desempregados façam serviço comunitário, ele que ataque os patrões que abrem falência para fuigir aos impostos e não pagar ordenados em atraso, ele que ataque os organismos públicos que contratam pessoas a termo e que depois fazem contratos ficticios para as pessoas irem andando no serviço para ao fim de 10 anos mandarem as pessoas embora. Ele que abra a pestana, que a mim só me parece que é mais um chulo da sociedade.

Ainda bem que há subsidio de desemprego senão queria ver a miséria que andava por ai, porque como já disse maior parte das pessoas que é ter um emprego estável, mas os patrões, que no fundo são quem manda não querem saber dessa estabilidade querem é só olhar ao lucro.

Eu digo, castiguem os maus trabalhadores, mas aproveitem os bons.


A malta é livre de exprimir a sua opinião. Podes não concordar com ela mas argumentar com a idade ou descredibilizar com o "percebem "muito" disto" não vale nada nem te dá pontos.

Pela tua posição parcial vê-se que és funcionário público ou dependes de funcionários públicos. Eu não tenho nada contra funcionários públicos. Eles são necessários. Mas que muitos não fazem um c****** é verdade.

E antes que digas que há gente no privado que tb não faz um c*****, a diferença é que no privado, existe um responsável (ou seja, o dinheiro é de alguém), no público, tá-se bem - no pasa nada.

Agora sou contra (e muito) o sistema que alberga os funcionários públicos e os coloca a um nível diferente dos restantes.

Para mim, quer seja no público ou no privado, deveria funcionar a máxima: quem não está bem põe-se, ou seja:

- Trabalhas na tap, na cp, etc e achas que mereces mais? Sai fora e faz-te à vida. Procura um trabalho que te dê mais. Aprende e muda de trabalho.

- És enfermeiro e achas que mereces mais? Sai fora. Faz-te à vida. Pede um empréstimo e abre uma clinica.

- Traballhas para o privado e achas que mereces mais? Adivinha? Sai fora e faz-te à vida...

O problema é que no público (principalmente) não se sai fora. Reivindicam-se direitos adquiridos noutros tempos e, claro, como é que se pode ser produtivo desta forma.

Por isso é que temos o pai enfermeiro a ganhar mais e a trabalhar menos do que o filho enfermeiro.

Por isso é que temos o pai professor a ganhar mais e a trabalhar menos do que o filho professor.

Por isso é que temos (e esta escandaliza-me) médicos reformados a serem contratados novamente - continuam a receber a reforma e vão tb receber um ordenado - escandalizante.

E temos tb uma cambada de políticos e gestores públicos, entre outros que mamam à grande seja através de ajudas de custos, cunhas, reformas múltiplas (se não estou em erro, o PR recebe 2 ou 3 reformas - ex-ministo e ex-professor e outra).

Chegamos ao fim e temos 60/70% de pessoas à custa do estado - e isto é um facto, não é ficção!

Mas isto não é ser contra o apoio social - Acho que deve existir mas com um caracter muito mais limitado. Quer queiremos quer não, o desconforto é que move a maioria das pessoas. Se elas se sentirem confortáveis, tá-se bem - que trabalhem os outros que eu não vou ser burro (obviamente) em deixar de ganhar 500 de subsidio de desemprego para ganhar 600 de salário.

Agora se:

- o subsidio de desemprego fosse para 6 meses ou 12 meses no máximo;

- o IEFP fizesse alguma m**** para além de fazer estatística e dar trabalho a quem trabalha no IEFP;

- os sindicatos se preocupassem realmente com os seus associados em vez de estarem preocupados com os seus próprios empregos (lembrem-se: enquanto houver problemas de desempregos, os sindicalistas profissionais têm empregos garantido);

- a SS, o Min. Trabalho e as Finanças não permitissem atrasos exorbitantes dos pagamentos das empresas e fiscalizassem a sério as mesmas;

- acabassem com os estágios profissionais - grande mama para algumas empresas;

- diminuissem as barreiras para a criação de novas empresas. barreiras = elevados custos em termos de impostos, que fazem muitas empresas "trabalhar para aquecer";

- entre outras medidas...

a "coisa" já piava de outra maneira.

---

Eu compreendo a tua posição, embora não concorde com ela. E compreendo porque todos nós nos comparamos com quem está melhor do que nós e dificilmente com quem está pior.

Mas se acertei, és FP e estás insatisfeito, porque não sais fora e abres a tua empresa? E depois contratas os teus funcionários e dás-lhe todos os direitos que tu e os teus colegas têm.

Vais ver que deixar de trabalhar das 9 as 5 para começar a trabalhar das 0 as 24, e sem garantia de ordenado ao fim do mês, e com responsabilidades perante outras pessoas, é muito mais excitante. Não tenhas medo, experimenta! :D

Cumps,
Cj

 
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batmitra 
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A malta é livre de exprimir a sua opinião. Podes não concordar com ela mas argumentar com a idade ou descredibilizar com o "percebem "muito" disto" não vale nada nem te dá pontos.

Concordo, não me dá pontos e a malta é livre de se expressar, pergunto apenas que idade têm ,para procurar incentivar o pensamento quando atacam os desempregados medindo todos pela mesma bitola, isso é que não concordo e tb sou livre de expressar a minha opinião certo?

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Pela tua posição parcial vê-se que és funcionário público ou dependes de funcionários públicos. Eu não tenho nada contra funcionários públicos. Eles são necessários. Mas que muitos não fazem um c****** é verdade.

Não sou funcionário público e nem dependo de nenhum, mas sim, tenho um pai que foi funcionário público durante os 36 anos obrigatórios para se receber uma reforma miserável. No entanto concordo com o que dizes,há muitos que não fazem a ponta de um c****

Citar
E antes que digas que há gente no privado que tb não faz um c*****, a diferença é que no privado, existe um responsável (ou seja, o dinheiro é de alguém), no público, tá-se bem - no pasa nada.

Aqui tenho de discordar, conheço organismos públicos que são geridos como privados e garanto-te que em alguns existrem chefias que realmente se importam com que o trabalho seja feito, quanto aos privados, as coisas são assim porque na maioria das vezes o respeito é imposto pelo medo, medo constante da pessoa ir parar, adivinha, ao desemprego.

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Agora sou contra (e muito) o sistema que alberga os funcionários públicos e os coloca a um nível diferente dos restantes.

Para mim, quer seja no público ou no privado, deveria funcionar a máxima: quem não está bem põe-se, ou seja:

Nesta concordo plenamente contigo, eu também acho que se deve ser mais rigido dentro da função pública,porque o modelo de avaliação era mau, agora existe o SIADAP que é parecido com o se faz no privado mas não funciona, porque se há coisa em que as pessoas (avaliadores) são bons é em subverter o sistema, podem não produzir nada de util no trabalho mas perdem imenso tempo a tentar aldrabar o sistema.

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- Trabalhas na tap, na cp, etc e achas que mereces mais? Sai fora e faz-te à vida. Procura um trabalho que te dê mais. Aprende e muda de trabalho.

- És enfermeiro e achas que mereces mais? Sai fora. Faz-te à vida. Pede um empréstimo e abre uma clinica.

- Traballhas para o privado e achas que mereces mais? Adivinha? Sai fora e faz-te à vida...

O problema é que no público (principalmente) não se sai fora. Reivindicam-se direitos adquiridos noutros tempos e, claro, como é que se pode ser produtivo desta forma.

Por isso é que temos o pai enfermeiro a ganhar mais e a trabalhar menos do que o filho enfermeiro.

Por isso é que temos o pai professor a ganhar mais e a trabalhar menos do que o filho professor.

Por isso é que temos (e esta escandaliza-me) médicos reformados a serem contratados novamente - continuam a receber a reforma e vão tb receber um ordenado - escandalizante.

E temos tb uma cambada de políticos e gestores públicos, entre outros que mamam à grande seja através de ajudas de custos, cunhas, reformas múltiplas (se não estou em erro, o PR recebe 2 ou 3 reformas - ex-ministo e ex-professor e outra).

A mim escandaliza-me isto e muito mais, mas deixa-me fazer uma pergunta, um gestor de topo trabalha mais ou menos que um gestor em inicio de carreira? E qual deles ganha mais?



Citar
Chegamos ao fim e temos 60/70% de pessoas à custa do estado - e isto é um facto, não é ficção!

Por acaso todos os cidadãos no activo recebem alguma coisa do Estado, seja directa ou indirectamente.

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Mas isto não é ser contra o apoio social - Acho que deve existir mas com um caracter muito mais limitado. Quer queiremos quer não, o desconforto é que move a maioria das pessoas. Se elas se sentirem confortáveis, tá-se bem - que trabalhem os outros que eu não vou ser burro (obviamente) em deixar de ganhar 500 de subsidio de desemprego para ganhar 600 de salário.

Agora se:

- o subsidio de desemprego fosse para 6 meses ou 12 meses no máximo;

- o IEFP fizesse alguma m**** para além de fazer estatística e dar trabalho a quem trabalha no IEFP;

- os sindicatos se preocupassem realmente com os seus associados em vez de estarem preocupados com os seus próprios empregos (lembrem-se: enquanto houver problemas de desempregos, os sindicalistas profissionais têm empregos garantido);

- a SS, o Min. Trabalho e as Finanças não permitissem atrasos exorbitantes dos pagamentos das empresas e fiscalizassem a sério as mesmas;

- acabassem com os estágios profissionais - grande mama para algumas empresas;

- diminuissem as barreiras para a criação de novas empresas. barreiras = elevados custos em termos de impostos, que fazem muitas empresas "trabalhar para aquecer";

- entre outras medidas...

a "coisa" já piava de outra maneira.

---

Esta também concordo, embora te diga uma coisa, há empresas que querem pagar a pessoas qualificadas um ordenado minimo e depois querem poder exigir semanas de 60 horas de trabalho, ora isso não é empregabilidade é exploração, nesse sentido e atenção que é só nesse sentido que eu sei que o IEFP defende o trabalhador desempregado para que não voltemos ao tempo da escravidão.

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Eu compreendo a tua posição, embora não concorde com ela. E compreendo porque todos nós nos comparamos com quem está melhor do que nós e dificilmente com quem está pior.

Mas se acertei, és FP e estás insatisfeito, porque não sais fora e abres a tua empresa? E depois contratas os teus funcionários e dás-lhe todos os direitos que tu e os teus colegas têm.

Vais ver que deixar de trabalhar das 9 as 5 para começar a trabalhar das 0 as 24, e sem garantia de ordenado ao fim do mês, e com responsabilidades perante outras pessoas, é muito mais excitante. Não tenhas medo, experimenta! :D

Cumps,
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Eu já o fiz, trabalho por conta própria exactamente :)
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cjseven 
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Concordo, não me dá pontos e a malta é livre de se expressar, pergunto apenas que idade têm ,para procurar incentivar o pensamento quando atacam os desempregados medindo todos pela mesma bitola, isso é que não concordo e tb sou livre de expressar a minha opinião certo?

Não sou funcionário público e nem dependo de nenhum, mas sim, tenho um pai que foi funcionário público durante os 36 anos obrigatórios para se receber uma reforma miserável. No entanto concordo com o que dizes,há muitos que não fazem a ponta de um c****

Aqui tenho de discordar, conheço organismos públicos que são geridos como privados e garanto-te que em alguns existrem chefias que realmente se importam com que o trabalho seja feito, quanto aos privados, as coisas são assim porque na maioria das vezes o respeito é imposto pelo medo, medo constante da pessoa ir parar, adivinha, ao desemprego.

Nesta concordo plenamente contigo, eu também acho que se deve ser mais rigido dentro da função pública,porque o modelo de avaliação era mau, agora existe o SIADAP que é parecido com o se faz no privado mas não funciona, porque se há coisa em que as pessoas (avaliadores) são bons é em subverter o sistema, podem não produzir nada de util no trabalho mas perdem imenso tempo a tentar aldrabar o sistema.

A mim escandaliza-me isto e muito mais, mas deixa-me fazer uma pergunta, um gestor de topo trabalha mais ou menos que um gestor em inicio de carreira? E qual deles ganha mais?



Por acaso todos os cidadãos no activo recebem alguma coisa do Estado, seja directa ou indirectamente.

Esta também concordo, embora te diga uma coisa, há empresas que querem pagar a pessoas qualificadas um ordenado minimo e depois querem poder exigir semanas de 60 horas de trabalho, ora isso não é empregabilidade é exploração, nesse sentido e atenção que é só nesse sentido que eu sei que o IEFP defende o trabalhador desempregado para que não voltemos ao tempo da escravidão.

Eu já o fiz, trabalho por conta própria exactamente :)


 :cool:

Afinal a nossa onda é similar.

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...mas deixa-me fazer uma pergunta, um gestor de topo trabalha mais ou menos que um gestor em inicio de carreira? E qual deles ganha mais?

De uma forma geral, um gestor de topo pode "trabalhar menos" horas mas tem muito mais responsabilidade do que um gestor em início de carreira.

O meu exemplo vai para casos como:

- o pai enfermeiro que está reformado e mama 2000 em casa e o seu filho trabalha em duas ou três clicnicas para sacar 1000 ou 1500 euros

- o pai professor que tem horário zero "numa escola perto de si" e mama tb 4 digitos por mês enquanto o filho foi pró c***** do outro lado do país para fazer 10 ou 16 horas.

Conheço casos destes pessoalmente. Curiosamente, os sindicatos que protegem estes sectores nunca olham para o seu umbigo e lutam para alterar as discrepâncias internas (talvez porque quem as administra serem os velhos do restelo) e lutam exclusivamente para nivelar a bitola por cima.

Nivelar a bitola por cima leva-nos à questão:

Temos país para pagar a todos os professores e enfermeiros (meros exemplos mas há muitos mais casos) 2000 euros por 35 horas ou menos de trabalho?

Eu acho que não.

Seria muito mais justo, eliminar direitos adquiridos pelos velhos do restelo e possibilitar aos novos profissionais rendimentos mais elevados, que os fixassem nas suas regiões e os impedissem de querer "fazer-se à vida" lá fora - Se eu fosse enfermeiro ou professor e não tivesse nada que me prendesse ao rectângulo, já lá estava.


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ruben_10_ 
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a questao da idade, para mim, é relevante, pois quem está proximo da idade da reforma não se importará,mas...quem tem 40 anos?a idade é importante na hora de arranjar trabalho, se não arranjam "agora", será mais tarde?com 43 ou +?

devemos ter políticas de equidade e não devíamos andar em generalizações e em médias. se há quem receba 600 € em subsídio, tb há quem receba 420€. e se estão a receber estes montantes é pq têm direito. se descontaram não me parece justo tal descida. e lembrem-se as ofertas de trabalho não estão em td o lado... as penalizações deviam ser, por exemplo, se um desempregado recusar-se x vezes, deveria ser castigado. penso que isto esteja inscrito, mas na prática...aí concordo, agr quem realmente necessita, não me parece de todo justo.

andamos a pagar milhões em prémios (que não são obrigatórios) , e não temos dinheiro para sustentar quem precisa e quem merece (descontou)?

os funcionário públicos... enfim

no meio disto tudo, estamos todos mal... quem trabalha quer aumentos salárias, quem está desempregado quer trabalho e não tem, outros dão-se ao luxo de recusar

a dívida pública não se pode dever-se exclusivamento de quem não trabalha...as políticas de investimento, de financiamento exterior numa altura desta, dão que pensar...


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tomassantos 
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- o pai enfermeiro que está reformado e mama 2000 em casa e o seu filho trabalha em duas ou três clicnicas para sacar 1000 ou 1500 euros


Onde é que foste buscar esse 2000€?
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Luís Salvador 
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Tanto quanto sei a malta desempregada é obrigada a apresentar nos centro de empregos umas quantas tentativas de arranjar emprego (entrevistas) de forma mensal.

Uma vez fui a uma entrevista (antes de começar a tirar o curso que estou a tirar) normalíssima pelo centro de emprego e o homemzinho falou-me que há malta que vais às entrevistas, diz que não está interessado no emprego (não quer trabalhar), pede para carimbar a ficha da entrevista/centro de emprego e vai-se embora...
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cjseven 
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Onde é que foste buscar esse 2000€?

Como assim? A fonte?

Amiga enfermeira cuja mãe tb era enfermeira.

Conheces algum caso em que os valores sejam diferentes? É perfeitamente possível e longe de mim generalizar valores.

Agora que existem muitos pensionistas (funcionários públicos e militares) com pensões bem superiores aos ordenados dos que trabalham, existem.

Fica aí uma referência válida com exemplos tristes de pensões de 300 euros e outras milionárias.

Podes encontrar um enfermeira graduada que aufere 2.349 euros e um assintente graduado ede medicina interna que aufere mais de 6000 euros. É verdade que tb encontras, por exemplo, uma enfermeira que aufere 812 euros, valor que me parece bem mais justo, se a mesma trabalhou anos suficientes e relativamente aos rendimentos actuais para a mesma profissão.

Em suma, e como principio, na minha opinião, nunca uma pessoa que não trabalha deveria receber mais do que uma pessoa que trabalha, independentemente dos anos de trabalho, e relativamente à mesma profissão / posto.

http://dre.pt/pdf2s/2008/02/027000000/0496204982.pdf

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bonsempregos 
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Coloca o seguinte cenário, tu todos os meses descontas 5000 euros para segurança social, chega a altura te reformares o ordenado médio que de quem está a trabalhar é de 4000€.

Porque razão não deverias tu ganhar esses 5000 euros de reforma?
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tomassantos 
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http://dre.pt/pdf2s/2008/02/027000000/0496204982.pdf


Oh, não imaginava que uma enfermeira ganhasse esse absurdo de dinheiro sem fazer nada.

Supostamente não se recebe mais de 50% do último salário que teve?
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cjseven 
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Coloca o seguinte cenário, tu todos os meses descontas 5000 euros para segurança social, chega a altura te reformares o ordenado médio que de quem está a trabalhar é de 4000€.

Porque razão não deverias tu ganhar esses 5000 euros de reforma?

Compreendo esse ponto de vista e até concordo com ele caso não tivesse havido, no caso da administração pública, uma inflação não natural (ou seja, causada pela oferta, procura e mérito das pessoas) dos rendimentos.

É natural que muitos dos pensionistas com boas pensões (atenção que as médias de pensões e reformas são muito dispares) tenham recebido bons ordenados para receberem pensões a cima de 2000 euros.

No entanto há a outra questão: De que forma se chegaram a esses valores de ordenado / rendimento?

Eu dou algumas dicas:

- 25 de abril que abriu portas para tudo e todos que conseguiram entrar no sistema das vacas gordas;
- promoções de carreiras não avaliadas devidamente;
- falta de controlo na admissão dentro da administração pública;
- inexistência de despedimentos e mobilidade no trabalho;

No caso especifico dos militares:

- termos mais generais do que a europa toda junta;

Basicamente gerou-se um aumento exponencial de rendimentos que de forma nenhuma reflectiam o que essas pessoas produziam. Mas como direitos adquiridos são direitos adquiridos... resultou no que resultou e temos agora uma das sociedades europeias com mais diferença até dentro das próprias classes.
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João Silva 
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Eu só sei uma coisa.. isto cada vez está pior.. mais 10 anos e só se safa quem andar de "olho aberto" se é que me faço entender.

Ou então que haja uma mudança radical em muitos aspectos no nosso pais.. coisa que infelizmente duvido.

Cumprimentos
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batmitra 
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Bem, esta discussão dá pano para mangas.

Acabei de ouvir nas notícias que querem reduzir o subsidio de desemprego àqueles que ganham quase tanto estando desempregados como se estivessem empregados, dizem que é para incentivar a procura de emprego, é mais uma mentira porque quem realmente quer trabalhar não é com a redução do subsidio que vai conseguir arranjar trabalho mais depressa.

O que se pretende com isto é forçar pessoas, que por exemplo até têm uma formação ao nível do ensino superior e com alguma experiência no mercado, a mudar de ramo e a aceitar ordenados muito mais baixos, mais uma vez , quem se ri com isto tudo são os patrões, o trabalhador, esse é sempre o que sofre mais porque ninguém lhe pergunta o que é que ele quer.


Há muito malandro por aí que não quer trabalhar? Sem Duvida, mas eu sou de opinião que o Estado deveria ter uma verdadeira política de apoio ao outplacement para os desempregados, nem sequer deveria (ou pelo menos deveria tentar ao maximo) deixar que o recém desempregado aquecesse o lugar, deveriam por exemplo obrigar essas pessoas a frequentarem formação e tentar integra-los na sociedade o mais depressa possivel. I IEFP oferece incentivos às empresas que contratem desempregados inscritos nos centros de emprego mas esse incentivo pelos vistos não chega para as empresas, querem dado e arregaçado, assim tb não vamos a lado nenhum.


Eu continuo a dizer, defendo essas pessoas, as que não escolhem ir para o desemprego e defendo-as com tudo o que puder pois os menores culpados são eles, eu próprio já passei pelo mesmo, estar a trabalhar e ir parar ao desemprego e sim, tb já usufrui do subsidio mas não fiquei parado e começei a trabalhar por conta própria porque eu posso e tomei essa iniciativa, é mais doloroso? Sem dúvida, mas da-me um gozo tremendo, no entanto nem toda a gente tem a capacidade de criar o seu próprio emprego.

Quanto aos sindicatos, só tenho uma coisa a dizer, do meu bolso não levam um tostão pois são é uma cambada de chulos, aqueles que incentivam às greves realmente não olham para o trabalhador pois enquanto os sindicalistas ganham o seu para organizar manifs, os trabalhadores perdem a remuneração nos dias em que fazem greve mas isso a eles não importa.

Quanto ao ponto de vista do  cjseven em relação ao caso que ele conhece dos enfermeiros, só posso dizer isto e digo-o com conhecimento de causa, um chamado técnico superior na função pública, dependendo da carreira onde entra ganha mais ou menos 1400 € brutos, isto varia claro consoante os ministérios, autarquias, etc. O mesmo técnico superior se estiver a trabalhar para o Estado à 10 anos e supondo que subiu na carreira, sendo o que se chama técnico de primeira ganha, brutos perto de 1460 €, ora tb é justo que uma pessoa que trabalha À 10 anos na mesma função tenha uma diferença salarial para quem entra tão pequena? E quem não progrediu na carreira ganha exactamente o mesmo de quem acabou de entrar, é justo? EU acho que não.

A carreira de professor e as carreiras de saúde, assim como as da justiça como outras, parecem ter um lugar de relevo no Estado pois têm uma tabela salarial muito superior ao do resto dos funcionários publicos e eu não entendo porquê.

Querem cortar nas despesas? comecem por equilibrar os ordenados colocando-os em equidade.

Os governantes que começem a andar de transporte público para ver o que custa.

Pronto já tou cansado de escrever depois continuo, este tipo de assunto enerva-me, mas não quero ofender ninguém aqui do fórum, se o fizer por favor chamem-me a atenção :)
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cjseven 
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Quanto ao ponto de vista do  cjseven em relação ao caso que ele conhece dos enfermeiros, só posso dizer isto e digo-o com conhecimento de causa, um chamado técnico superior na função pública, dependendo da carreira onde entra ganha mais ou menos 1400 € brutos, isto varia claro consoante os ministérios, autarquias, etc. O mesmo técnico superior se estiver a trabalhar para o Estado à 10 anos e supondo que subiu na carreira, sendo o que se chama técnico de primeira ganha, brutos perto de 1460 €, ora tb é justo que uma pessoa que trabalha À 10 anos na mesma função tenha uma diferença salarial para quem entra tão pequena? E quem não progrediu na carreira ganha exactamente o mesmo de quem acabou de entrar, é justo? EU acho que não.

Na minha opinião os anos de casa não devem contar para (quase) nada. O que defendo é:

- se o técnico que trabalha à 10 anos é mais competente do que entra de novo, acho que deve ganhar mais
- se o técnico que trabalha à 10 anos tem a mesma competência do que o que entra de novo, deve ganhar o mesmo
- se o técnico que trabalha à 10 anos é incompetente, deve ser colocado numa situação de desconforto: ou melhora a sua competência ou é subsituído e vai procurar trabalho para outras margens.

Isto é o que deveria acontecer no público e no privado. Ninguém deveria ter lugares garantidos. A garantia do lugar a as promoções de carreiras com base no "tempo de casa" são o oposto da promoção pelo mérito e desincentivam ao desejo particular de cada trabalhador em melhorar as suas competências.

Este príncipio criaria desconforto / competitividade suficiente no sistema para que todos fossem mais produtivos.

NOTA: Claro que este principio teria de ser seguido por outros principios, caso contrário não funcionaria:

- malha apertada nos concursos públicos (é um escândalo o que se passa nesta área há muitos, muitos anos...)
- malha apertada na corrupção pública (o terreno que é zona verde e passa a zona urbana de um dia para o outro)
- malha apertada nas nomeações públicas e passagem de cargos públicos para o privado, nomeadamento empresas públicas (Jorge Coelho na Mota Engil, Amaral na Lusoponte, Mexia na EDP, etc, etc, etc)
- malha apertada nos Institutos Públicos >> que na maior parte das vezes não fazem nada
- malha apertada nos empregos criados para os "filhotes" dos políticos.
- etc, etc, etc

Acho que estamos todos do mm lado aqui. Podemos é ter visões diferentes, ora porque a nossa experiência da vida é diferente, ora porque achamos que "puxar outra ponta do fio" é mais benéfico.

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Pronto já tou cansado de escrever depois continuo, este tipo de assunto enerva-me, mas não quero ofender ninguém aqui do fórum, se o fizer por favor chamem-me a atenção Smile

Somos dois.

Quero deixar claro que não critico casos pessoais (por exemplo, não vou dizer a minha amiga enfermeira ou à mãe dela que ela é uma "usurpadora" do erário público. No fundo, ela aceita o que o sistema lhe dá.), critico sim, o regime que permite que certas situações aconteçam (mas digo-lhes que provavelmene a filha já teria casado e lhe dado o neto que tanto deseja, caso houvesse mais equidade e justiça nos seus rendimentos).
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Subscrevo grande parte do que foi escrito pelo cjseven..

Esse PR que falava o cjseven (Cavaco Silva) que acumula duas reformas e o vencimento de PR foi o mesmo que fez a distribuição dos comboios de dinheiro que chegavam todos os dias da EU no tempo das vacas gordas, foi ele que distribui pelos (bois) foi também ele que antecipou a reforma a milhares de funcionários públicos (certamente conhecem pessoal da gnr, policia etc etc que foi reformado por inteiro aos 40 e poucos).

Anos mais tarde concorda com a reforma da segurança social, as pessoas passam para a reforma aos 65 ou aos 70 porque de outra forma torna-se insustentável, trata-se de um exemplo apenas poderia dar muitos outros.

Não se pense que é um ataque a este politico em concreto, os outros são uma fotocópia, apenas citei este porque representa o órgão máximo da nação e quando o país escolhe um homem destes para este cargo está tudo dito.

Quanto ás agências de rating o Celso Azevedo já disse tudo, o nosso défice não é o maior da zona euro, a divida externa também não, estão a basear-se apenas na previsão do crescimento, a Irlanda estava a crescer a 7,76% um mês depois falava-se em falência, enfim Portugal é um país pequeno é uma presa fácil para os especuladores.

Resolver um problema destes com a redução e fiscalização na atribuição do subsídio de desemprego é mais ou menos o mesmo que eu ter de pagar uma prestação de 100 mil euros no final do mês e poupar 3 cêntimos para fazer face a essa prestação o dinheiro que poupam não chega para pagar aos inspectores.

Então e os TGVS e os aeroportos, os salários milionários dos administradores de empresas publicas, as centenas de institutos e comissões que nem se sabem quantos são, os pobres coitados dos bancos que pagam menos IRC que eu pago de IRS.. etc etc

Meus amigos já estou como o Medina Carreira este sistema da chamada “democracia” é que está errado, o governador do banco de Portugal ganha na ordem dos 30.000 euros mês, conheço muito boa gente que trabalha no duro ao sol todo o dia e recebe 3,5 euros à hora. http://www.apdconsumo.pt/A_Verdade.pdf

Grande entrevista Medina Carreira: http://radioclube.clix.pt/player/player.asp?wma=/rcponline/rubricas/grande/grande_2010-02-07.wma&album_cover=/upload/m/medina150.jpg&linha1=Arquivo%20de%20Programas&linha2=Medina%20Carreira&linha3=R%E1dio%20Clube&linha4=

Conheço pessoas que não tem transporte para mandar os miúdos para a escola por outro lado os filhos de ministros frequentam o colégio particular e fazem-se transportar em viatura do estado com direito a chofer.

Quem me conseguir explicar como funciona esta “democracia” agradeço, nem tão pouco sei quem inventou este conceito, uma maioria desgraçasse a trabalhar, uma minoria vive à grande e à francesa à custa destes e vão alterando umas regras conforme lhes convêm, a maioria chora e lamenta-se e a minoria mama.

A propósito aqui à tempo fui aos CTT e vi lá um senhor (por acaso de raça cigana) que estava a levantar um vale da segurança social 2300 e tal euros (devia ser de rendimento mínimo) fartei-me de pensar onde é que ele tinha feito os descontos para a segurança social, assim de repente não me lembro de ter visto nenhum cigano na construção civil, dizem que é porque a tonalidade da pele é mais escura e existe uma certa alergia ao cimento, bem isso já não sei…
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sergiodlopes 
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Olá a todos,

Tópico interessante e que concordo com o que li do cjseven.

Gostaria de acrescentar isto sobre Cavaco Silva para quem não sabe. Acho que demonstra o carácter da pessoa que se diz preocupar.
Portugal tem imensos problemas, a começar pelos próprios portugueses:
  • Existe muita dependência do Estado.
  • Falta de meritocracia
  • Falta de empreendedorismo
  • Precisa ideias inovadoras de forma a permitir uma boa exportação, na minha opinião, só assim é que PT se poderá safar, pois o país é muito pequeno. O vinho do Porto é um muito bom exemplo de investimento nos mercados internacionais

José Sócrates tem muitos defeitos, é verdade que erra, mas ele sabe do que um país necessita para se desenvolver, precisa de investigação e desenvolvimento. Ele está sempre a dizer às empresas para se modernizarem, inovarem, mas elas fazem-no? Muito poucas o parecem fazer. O problema é que tal acção define se a empresa sobrevive ou não, mas os jornais só dizem "Empresa X faliu" e ficam todos a pensar que a culpa é do Governo (não necessariamente todos, mas infelizmente, perguntem a um português sem grandes estudos (grande parte da população portuguesa) e vocês vêem imediatamente em quem eles colocam a culpa).

Portugal precisa mais disto. Fazer com que os nossos cérebros não saiam do país. Já foram abertos laboratórios de investigação pelo país. Cada vez mais cientistas portugueses a trabalhar em Portugal têm estudos publicados na Science.

Isto é algo que demora tempo até mostrar resultados, mas felizmente e finalmente foi feito.
Já agora a oposição em Portugal poderia ser mais inteligente em vez de ser apenas isso, oposição. Para eles o seu trabalho é dizer *menos* quando o Governo disse *mais* e vice-versa. Quando é que ouviram alguém da oposição dar os parabéns aos Governo por ter feito algo correcto? Não me lembro. Acreditem, também é necessário fazê-lo e não só falar no que está mal (também necessário) quando alguém está a trabalhar pelo nosso país.

Acredito que Portugal vai sair desta crise e nunca o pessimismo fez algo por alguém. Como diz a frase: "O optimista acredita que o Mundo é um lugar fantástico para se viver, o pessimista teme que isso seja verdade.". Nós somos um povo com pessoas MUITO capazes, mas também somos um povo de invejas do vizinho do lado e a inveja nunca levou ninguém a lado nenhum.

Fiquem bem.