Acho que isso depende inteiramente da situação de vida de cada um.
Imagina que és um Pai de família, estás desempregado, não consegues arranjar emprego, e a única a sustentar a casa é a Mulher. Se ele conseguir, prestando uns serviços por conta própria, trazer mais 200 euros para casa, não achas que o deve fazer? Ou será que deve ficar sentado no sofá a ver a família a passar fome, só por não conseguir chegar aos 10 mil euros anuais, e por conseguinte não conseguir cumprir com todas as suas obrigações fiscais?
Então e um estudante sem emprego, filho de Pais com poucas possibilidades, que mal lhe conseguem pagar as despesas. Achas que mais vale estar quieto do que conseguir arrecadar algum, por pouco que seja, para ajudar nas contas?
Acredita que há muita gente que só tem duas possibilidades: Ou comete algumas ilegalidades, ou passa fome.
Acho que só não compreende isto quem nunca passou dificuldades. Há muita gente que sempre teve tudo, e eu sou uma dessas pessoas. Mas também há quem aos 13 ou 14 já tivesse que sustentar a família, ainda que para isso tivesse que ir contra as leis, e eu até consigo compreender isso.
O que me faz cumprir uma lei não é o respeito por ela, mas sim o receio de ser castigado.
Caraças Kimura, assim não consigo trabalhar hoje. Vou ter que te colocar uma providência cautelar
Tens de fazer as contas. Para o tal pai de familia trazer 200 euros limpos para casa tem de facturar pelo menos 5000 euros anuais e 10.000 anuais significam um rendimento liquido próximo do salário minimo - daí a minha afirmação:
Se não for para obter uma facturação próxima desse valor, mais vale, sim e repito a ideia, aproveitar a subsidio dependência e fazer uns biscates por fora (ganhas mais!).
Eu não condeno casos pessoais / individuais (cada um tem de se fazer à vida neste país da treta).
Condeno um regime totalmente desiquilibrado em termos de justiça distributiva e com os seus pilares (justiça, educação e sáude) à beira de ruir e à espera que venha um FMI pôr isto na ordem, enquanto os responsáveis se retiram com as suas reformas vitalícias e vão ao encontro das posições de relevo em empresas públicas ou voltam à universidade para ensinarem /
falarem do que sabem fazer - apenas uma pequena percentagem, irá
fazer aquilo que diz saber fazer, ie, criar empresas, criar emprego, criar riqueza:
São todos (todos não, mas a maioria) uma cambada de inúteis que são óptimos a gerir (gastar) o dinheiro dos outros.
Por muito que queiramos apelar à cidadania, a situação real é simples: ou te safas, ou passas fome vendo outros a comer à tua pala.
E fecho para obras por agora para ver se ainda faço alguma coisa esta tarde.
Abraço